sábado, 30 de janeiro de 2016

MOTIVO DA MORTE DAS ROLINHAS


Foto: Telma Lobão. Proibida a reprodução sem autorização. para ampliar clique na foto. A carne amarelada é a que cresce na garganta das rolinhas até impedi-las de se alimentar e respirar vai fechando a garganta. Eu futuquei com uma pinça para saber se ela era removível mas ela não solta, é difícil de ser perfurada, a rolinha já estava morta.

Em todo o Brasil as pessoas tem me procurado pedindo explicações sobre a morte das rolinhas que morrem em quantidade absurdas, como se estivessem engasgadas e com dificuldade de engolir.

Todas as pessoas que observam tal mortes ALIMENTAM ROLINHAS LIVRES DA NATUREZA, e elas questionam se seriam a comida fornecida a elas, no caso milho quebrado, painço, alpiste ou pão.

De imediato descartei a possibilidade de ser a comida, pois em cada lugar do Brasil as pessoas as alimentam de uma forma, de acordo com a facilidade e o preço da comida oferecida no mercado; por exemplo no Sul e Sudeste o painço e o alpiste é comprado por preços menores e em atacado enquanto no Nordeste é comprado a granel por um preço absurdo, sendo o milho quebrado mais barato e mais utilizado.

Não só eu mas diversas pessoas procuraram ajuda de veterinários, biólogos e ninguém se pronunciou sobre o caso. Pois no Brasil não há biólogos e nem veterinários que entendam de pássaros silvestres, fazem experiencias com eles; fornecem até remédios humanos de uso tópico para que esses animais tomem causando sua morte com sofrimento ainda maior.

Por ser a unica ambientalista no Brasil a trabalhar com pássaros silvestres em seu habitat natural, resolvi abrir a garganta de uma rolinha morta, depois de encontrar varias delas mortas em áreas de mata onde não havia presença de humanos para alimentá-las. ao tocar no pescoço de uma dessas rolinhas depois de morta é possível sentir uma protuberância na garganta e ao abri constatei que trata-se de uma carne amarelada que cresce na garganta das rolinhas, de forma desordenada, como se fosse um câncer de difícil remoção, que vai crescendo até chegar ao ponto de impedir o alimento e água de passarem, o que a impede de se alimentar e por isso quando conseguimos pega-la no chão sem forças para voar a rolinha se encontra bem magra, desnutrida, sem forças, gelada, com queda de temperatura e pressão. Em algumas horas depois de se deixar pegar ela morre, pois a carne que cresce de uma maneira rápida, e entre três a cinco dias fecha completamente a garganta e impede a rolinha de respirar, causando parada cardíaca.

E NÃO HÁ NADA MAIS TRISTE QUE ASSISTIR UM PASSARINHO MORRER!

A doença ataca pombos e rolinhas, raramente ataca outras especies de pássaros mas já constatei individualmente em outras especies menores, um caso para cada especie, incluindo pardal, numa proporção de um entre mil pássaros.

Mas entre as rolinhas a proporção da doença é alarmante e altamente contagiosa, ataca um depois o outro par do casal, costuma matar pais e todos os filhotes, daí concluir-se tratar-se de uma bactéria ou vírus, descartando a possibilidade de ser genético ou de ser um fungo.

A incidência da doença ocorre no período seguinte a uma forte chuva, ou seja quando houve a queda brusca de temperatura.

A informação de que a doença proveria de alguma granja ou criação de galinhas por perto que contaminaria as rolinhas é falsa, a doença ataca as rolinhas nos centros urbanos, em áreas de matas, e em todos os locais onde é possível encontrar rolinhas livres.

Tratamento: Preventivo, desconhecido e impossível de faze-lo pois a doença parece ser transmitida por contato pelo ar.

Ao pegar uma rolinha caída e sem forças para voar agasalhe ela e ponha num lugar seguro, uma caixa por exemplo. forneça um pouco de água açucarada no bico quatro vezes ao dia ou mais e três gotas no bico de Avitrin antibiótico uma vez ao dia. Vai aumentar seu tempo de vida mas não vai impedir de morre-las. se a garganta dela já estiver quase fechada você vai apressar sua morte por sufocamento pois o liquido pode impedir a passagem do pouco ar que ainda consegue passar pela garganta ou ficar acumulado na pequena abertura.

Na duvida deixe-a morrer sossegada, na certeza que ela irá para Deus e voará livre no Céu.

A solução seria operar a rolinha e retirar a carne de sua garganta, porém fraca do jeito que ela fica acho impossível resistir, depois quem iria operar se nenhum veterinário no Brasil entende de pássaros silvestres?

NOTA: A DOENÇA NÃO É CONTAGIOSA PARA SEREM HUMANOS NEM PARA DEMAIS ESPECIES ANIMAIS. NÃO TEMOS CONHECIMENTO DESSA DOENÇAS EM GALINHAS.

Publicado originalmente em 24 de março de 2015.