Foto: soldados Everiano e Jucicler, e sargento Carlos Alberto no chiqueiro de Tonhe do Porco.
Numa operação na feira livre de Geolandia realizada pela 27 CIPM com a ambientalista Telma Lobão apenas um sabiá foi apreendida pois segundo a população a feira de animais silvestres costuma bombar cedo e nós chegamos um pouco tarde.
Ao voltarmos por uma estrada de chão, encontramos em poder de Antonio Caldas Ferreira, o Tonhe do Porco, 27 pássaros silvestres armazenados dentro de casa e ao redor dela e 15 arapucas. A sujeira nas gaiolas e no local era algo impressionante, havia até urina humana armazenada em garrafas PET, sangue de animais e restos desses espalhados por todo canto. O fedor era insuportável.
Apesar disto várias crianças netas do criminoso moravam e frequentavam o local. Este funciona também como abatedouro clandestino de porcos. Se é difícil para nós acreditar que os humanos comam carne de outros animais mais difícil ainda é acreditar que eles consumam a carne de animais que são assassinados ali.
Entre os pássaros que segundo o Tonhe do Porco valiam até sete mil reais estavam sabiás, estevão, papa-capim, azulão, caboclinho e entre outros. Um papa-capim que estava de castigo era mantido sem água nem comida e já estava moribundo, mas ao lhe ser fornecido água e comida o mesmo voltou a a ativa horas depois. Tonhe do Porco traficava os animais nas feiras livres de Geolandia, São José e Santo Estevão. Tonhe do Porco evadiu-se e não foi pego. Tonhe do Porco mais deveria se chamar Porco do Tonhe.
Na localidade conhecida como Santa Julia em Cruz das Almas, uma denuncia anonima nos levou no mesmo dia a um casebre pertencente a um elemento de nome Manoel que costumava manter o imóvel fechado e sete pássaros silvestres da Fauna brasileira aprisionados sem fornecer alimento.
Após a localização do criminoso o mesmo forneceu a chave para que um amigo entregasse os animais, entre eles papa-capim, bigode, e cardeal.
Todos os pássaros foram devolvidos a natureza em área preservada.
Publicado originalmente em 17 de julho de 2011.